Queda da taxa Selic influencia pouco no endividamento do brasileiro apesar de baratear crédito

A recente decisão do Banco Central do Brasil em reduzir a taxa Selic para 12,25% ao ano, embora seja uma medida para baratear o crédito, parece ter um impacto limitado na realidade do endividamento brasileiro. 

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), essa redução resultará em uma diminuição modesta nas taxas de juros para empréstimos, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Especificamente, as taxas médias para pessoas físicas devem cair de 123,71% para 122,71% ao ano, e para empresas, de 59,98% para 59,24%.

Essa discrepância entre a taxa Selic e os juros efetivos de longo prazo sugere que o efeito dessa redução no bolso do consumidor será pouco perceptível, principalmente em um cenário onde o endividamento ainda é significativo. 

Apesar de uma leve queda no percentual de famílias endividadas, os números continuam preocupantes. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), conduzida pela FecomercioSP, apontou em outubro um recorde histórico de famílias inadimplentes em São Paulo, atingindo 11,2% do total.

Diante deste panorama, empresas especializadas em reestruturação de dívidas, como a startup Ali, ganham relevância. 

Desde 2018, a Ali tem contribuído para que mais de 300 mil pessoas substituam dívidas de alto custo por outras com condições mais favoráveis. 

O foco da empresa por enquanto está direcionado para colaboradores de empresas que têm as parcelas debitadas diretamente na folha de pagamento mediante autorização prévia. 

Além disso, a empresa também realiza um trabalho de educação financeira junto ao funcionário da companhia a fim de ajudar a tornar a relação daquela pessoa com dinheiro mais saudável. 

A Quero Quitar, outra fintech no mercado, busca simplificar o processo de quitação de dívidas, eliminando intermediários e promovendo uma relação mais saudável entre devedores e credores. 

Segundo Marc Lahoud, CEO da Quero Quitar, o foco está em auxiliar na reestruturação financeira do devedor, ao mesmo tempo em que o credor recupera seus valores sem comprometer a relação com o cliente.

 

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