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| Foto: Lula Marques / Agência Brasil | 
Presidente do Congresso comemorou promulgação da Reforma Tributária
Em sessão solene para promulgação da reforma tributária, o        presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco        (PSD-MG), destacou nesta quarta-feira (20) que a proposta foi        aprovada, porque o Brasil não poderia continuar a conviver com o        atraso. A emenda constitucional foi aprovada após mais de 30 anos        de discussão no Parlamento.
      Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
      "O Congresso Nacional aprovou a reforma porque não havia mais        como adiá-la. A reforma tributária se impôs, porque o Brasil não        podia mais conviver com o atraso", disse Pacheco, ao lado dos        presidentes Lula, Arthur Lira (Câmara dos Deputados) e Roberto        Barroso (Supremo Tribunal Federal).  
      Segundo Pacheco, os parlamentares tinham consenso de que o        sistema tributário nacional era desigual, penalizava os        contribuintes mais pobres, afastava a competitividade da indústria        e demais setores econômicos e dificultava a ampliação da presença        dos produtos brasileiros no mercado internacional. Porém,        incertezas e medo impediam a aprovação da matéria.
      Pacheco afirmou que essas barreiras foram superadas pelo        diálogo democrático, e elogiou a "capacidade de aglutinação" dos        deputados federais e do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O        senador citou ainda o apoio do presidente Lula, do ministro da        Fazenda, Fernando Haddad, e do secretário extraordinário da        Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, bem        como dos relatores da PEC nas duas Casas.  
      No discurso, Pacheco citou que a reforma promoverá atração de        investimento estrangeiro, redução das desigualdades sociais e        geração de empregos. "Não se trata apenas de uma redução na        quantidade de tributos, mas de uma mudança qualitativa nas        contribuições devidas pelos contribuintes brasileiros".  
      Arthur Lira também destacou a importância da aprovação da        emenda constitucional. "Hoje, podemos afirmar com toda a convicção        que o Congresso Nacional entrega ao país um sistema tributário        enxuto, mais racional, mais desburocratizado, mais simplificado,        mais justo. Agora, quem paga mais, vai pagar mais. Aprovamos uma        reforma tributária que dará segurança jurídica", afirmou.  
      Reforma tributária
      Após 30 anos de discussão, a reforma tributária simplificará a        tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos        brasileiros na hora de comprar produtos e serviços. 
      Cesta básica, remédios, combustíveis, serviços de internet em        streaming, os produtos são diversos. Com longa lista de exceções e        de alíquotas especiais, o novo sistema tributário terá impactos        variados conforme o setor da economia. Paralelamente, pela        primeira vez na história, haverá medidas que garantam a        progressividade na tributação de alguns tipos de patrimônio, como        veículos, e na transmissão de heranças. 
      Ao longo do próximo ano, o Congresso terá de votar leis        complementares para regulamentar a reforma tributária. Segundo        Fernando Haddad, os projetos serão enviados nas primeiras semanas        de 2024. 
      Também no próximo ano, o governo poderá dar início à reforma do        Imposto de Renda, com mudanças como a taxação de dividendos        (parcela de lucros das empresas distribuídos aos acionistas).        Nesse caso, porém, as mudanças ocorrerão por meio de projeto de        lei, com quórum menor de votação. 
      A nova tributação das mercadorias e dos serviços começará a        entrar em vigor em 2026 e só terminará em 2033. A transição para a        cobrança do imposto no destino (local de consumo) se iniciará em        2029, levará 50 anos e só será concluída em 2078. 
      
    





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