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| Preços dos alimentos tiveram alta em março, mas em menor dimensão do que em fevereiro - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias | 
Grupos com peso importante no índice apresentaram desaceleração, aponta IBGE
A inflação do país desacelerou em março, registrando alta de          0,16%, 0,67 ponto percentual (p.p) menor que em fevereiro,          quando marcou 0,83%. Este é o menor índice para o mês de março          desde 2020. A inflação acumulada no ano está em 1,42%. Nos          últimos 12 meses, os preços subiram 3,93%. Em março de 2023, o          índice havia sido de 0,71%. Os dados são do Índice Nacional de          Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira          (10/4) pelo IBGE.
        Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta na passagem de          fevereiro para março. Entretanto, grupamentos com peso          importante no IPCA apresentaram desaceleração no índice. "Essa          desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que,          em fevereiro, os preços da educação tiveram alta significativa          por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do          ano letivo, o que não aconteceu em março", explica o gerente da          pesquisa, André Almeida, citando o grupo que saiu de alta de          4,98% para 0,14%.
        Apesar disso, o grupamento de Alimentação e bebidas foi o que          registrou o maior impacto (0,11 p.p.) e a maior variação          (0,53%), mas também em movimento de menor alta, abaixo da que          havia sido registrada em fevereiro (0,95%).
        "Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os          preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em          março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade",          aponta gerente da pesquisa, André Almeida.
        A alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro          para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do          tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e          do leite longa vida (2,63%). "O caso do ovo de galinha tem uma          explicação própria: tratou-se de um período em que uma parcela          da população faz a opção de não comer carne por questões          religiosas, aumentando a demanda dessa proteína", ressalta          Almeida.
        A alimentação fora do domicílio (0,35%) também desacelerou em          relação ao mês anterior (0,49%). Já o lanche acelerou de 0,25%          para 0,66%, mas a refeição (0,09%) teve uma alta menor que em          fevereiro (0,67%).
        O grupo Transportes inverteu o sinal e passou da alta de          0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março. "Influência          da passagem aérea, que já vinha de queda em fevereiro, e, , da          gasolina, que havia apresentado o maior impacto individual no          IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março", justifica          André Almeida.
        O recuo nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Já a          gasolina saiu de 2,93% para 0,21%. Entre os combustíveis          (0,17%), além da gasolina, o etanol também teve alta, de 0,55%.          Já gás veicular (-2,21%) e óleo diesel (-0,73%) registraram          recuo nos preços, enquanto o subitem táxi teve alta de 0,23%          devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (2,28%), a partir          de 8 de fevereiro.
        Ainda em Transportes, ônibus urbano (-0,06%) teve a variação          influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-1,21%), a          partir de 3 de março, e pelo reajuste de 2,15% em Campo Grande          (1,08%), a partir de 15 de março. Já em ônibus intermunicipal          (0,75%) houve impacto dos reajustes aplicados no Rio de Janeiro          (6,93%), a partir de 24 de fevereiro. No subitem trem (-0,19%)          houve incorporação residual da redução de 4,05% nas tarifas no          Rio de Janeiro (-0,42%), a partir de 2 de fevereiro.
        Em Habitação, a alta de 0,19% teve a energia elétrica como          destaque, com preços 0,12% mais altos, influenciada por          reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a          partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias          pesquisadas no Rio de Janeiro (1,18%). Já em taxa de água e          esgoto, o aumento de 0,04% foi impactado pelo reajuste de 4,04%          em Aracaju (4,04%), a partir de 1º de março. Por fim, no          resultado do gás encanado (-0,05%), houve apropriação residual          dos reajustes tarifários, com vigência a partir de 1º de          fevereiro, no Rio de Janeiro (-0,09%), redução média de 1,30%; e          em Curitiba (-0,15%), redução de 2,29%.
        O grupo de Despesas pessoais acelerou de 0,05% para 0,33% na          passagem de fevereiro para março, com influência do item Cinema,          teatro e concertos, que teve alta de 5,14% e impacto de 0,02          p.p. no IPCA do mês. "Na última semana de fevereiro, após o          Carnaval, houve uma campanha para ingressos com valores          promocionais para o cinema. Isso acabou impactando no índice          daquele mês, ocorrendo, agora em março, uma devolução ao patamar          regular", explica o pesquisador.
        O IPCA também divulgou a inflação regional de março. Somente          a região metropolitana de Porto Alegre (-0,13%) registrou recuo          de preços. A queda nos preços da batata-inglesa (-18,42%) e da          gasolina (-2,41%) influenciaram o índice na capital gaúcha. Já a          maior variação ocorreu em São Luís (0,81%), impactada pela alta          do tomate (23,51%).
        INPC tem alta de 0,19% em março
        O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,19%          em março, marcando 0,62 p.p. acima do resultado de fevereiro, de          0,81%. No ano, o INPC tem alta de 1,58% e, nos últimos 12 meses,          de 3,40%. Em março de 2023, a taxa foi de 0,64%.
        Os preços dos produtos alimentícios passaram de 0,95% em          fevereiro para 0,50% em março, enquanto os dos produtos não          alimentícios foram de 0,77% para 0,09%.
        Regionalmente, somente Porto Alegre (-0,21%) registrou queda          de preços, influenciada pela batata-inglesa (-18,42%) e pela          gasolina (-2,41%). Já a maior variação ocorreu em São Luís          (0,79%), por conta da alta do tomate (23,51%).
        Mais sobre as pesquisas
        O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários          mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5          salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de          Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio          de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito          Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco,          São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra . O próximo          resultado do IPCA, referente a março, será divulgado em 10 de          maio.
      
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