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| Cursos técnicos são apontados pelo relatório como alternativa à evasão no ensino médio - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil | 
Relatório do Ministério das Mulheres mostra que, em 2022, 58,2% das pessoas matriculadas na modalidade profissional do ensino médio eram mulheres. No ensino superior, índice é semelhante, 58,4%
O Ministério das Mulheres divulgou, nesta quarta (24), o          Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2024 (Raseam). O estudo          compila dados e indicadores sobre diversas temáticas, como          saúde, violência e educação. 
        Entre os resultados, a presença majoritariamente feminina nos          cursos técnicos e profissionalizantes de nível médio: 58,2% das          pessoas matriculadas nessa modalidade eram mulheres, em 2022.  
        Os dados confirmam tendência, já captada em outras pesquisas,          de que as mulheres têm acumulado melhor formação educacional que          os homens. Mas aponta também que as mulheres têm preferido          cursos formatados ao mercado de trabalho. 
        O relatório aponta ainda que as estudantes do nível médio          ainda optam, em sua maioria, por cursos em áreas          tradicionalmente identificadas como nichos femininos. 82% das          matrículas em cursos de ambiente e saúde são feitas por          mulheres, assim como 80,1% na área de educação. 
        Por outro lado, as mulheres se impõem em áreas antigamente          identificadas como masculinas. Estudantes do gênero feminino          registram 58% da frequência em cursos de produção industrial,          61% em cursos de gestão e negócios e 55% em cursos de segurança.
        Segundo o relatório, o ensino técnico profissionalizante é          considerado uma alternativa à evasão do ensino médio          tradicional, e propõe que haja estímulo a essa modalidade de          ensino. 
        Os cursos técnicos profissionalizantes têm sido defendidos          pelo governo federal. Recentemente, o ministro da Fazenda e          ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, propôs a governadores          a troca de dívidas com a União por investimentos na ampliação de          oferta de cursos técnicos de nível médio. O projeto, intitulado          Juros por Educação, está em estudos. 
        No ensino superior, as mulheres também são maioria. Segundo o          Raseam, as mulheres respondiam por 58,7% das matrículas e por          61% das pessoas que concluíam os cursos. 
        Mortalidade materna
        Entre tantas carências e violências captadas pelo relatório,          como o número de estupros no ano de 2022 – 67.626, ou um estupro          a cada oito minutos no país - e de ocorrências policiais que          atenderam casos de violência doméstica contra as mulheres – 73%          aconteceram em casa, e 55% das violências cometidas por          companheiros ou ex-companheiros -, o relatório do Ministério das          Mulheres mostra a queda em um índice, o de mortalidade materna.          Em 1990, a razão de mortalidade materna foi de 141 mortes por          100 mil nascidos vivos. Em 2019, esse índice caiu para 55 mortes          de mães por 100 mil nascidos. 
        No lançamento do relatório, a ministra das Mulheres, Cida          Gonçalves, destacou que o documento é a retomada do esforço por          produção e compilação de dados científicos para embasar          políticas públicas. O Raseam havia ficado quatro anos sem ser          produzido. 
        "Quando nós chegamos ao ministério, em janeiro de 2023, todas          as pesquisas, todos os documentos, haviam sumido", disse Cida.          "E esse governo sabe que políticas públicas consistentes          precisam de pesquisa e de ciência para ser bem formuladas",          completou a ministra.
      
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