|  | 
| Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil | 
Valor movimentado ilegalmente pode ultrapassar R$ 5 bilhões
Por Agência Brasil - EBC | Edição: Maria Claudia
      A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (2), em sete        estados, a Operação Terra Fértil para desarticular uma organização        criminosa atuante no tráfico internacional de drogas. A estimativa        é que o montante de valores ilegalmente movimentados ultrapasse R$        5 bilhões em um período de pouco mais de cinco anos.
      Cerca de 280 homens cumprem nove mandados de prisão preventiva        e 80 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas        cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos        pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte, nos        estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do        Paraná, de Santa Catarina, da Bahia e de Goiás.
      Em nota, a corporação informou que as investigações revelaram        "uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande        quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com        envolvimento com conhecida facção criminosa".
      "Um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas        a ele associadas faziam parte de uma rede que cometia diversos        delitos, visando principalmente ocultar e dissimular o patrimônio        proveniente da prática de inúmeros crimes, dentre os quais o        tráfico internacional de drogas."
      O homem, segundo a PF, já havia sido investigado em outras        ocasiões. A suspeita é de que ele enviava cocaína para países das        Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a cartéis        mexicanos.
      "Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos        criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema        CAGED, e adquiriam, por meio dessas empresas, imóveis e veículos        de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande        quantia de valores, incompatíveis com seu capital social."
      Ainda de acordo com o comunicado, os sócios das empresas        investigadas geralmente não possuíam vínculos empregatícios há        anos. "Alguns até receberam auxílio emergencial", destacou a        corporação.
      A PF também constatou que algumas das pessoas jurídicas        investigadas efetuavam transações com empresas no ramo de        criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de        negócio, "o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo        usados para mascarar a origem ilícita dos valores".
    




.jpg)