|  | |
| 'Governo cuida do povo e da soberania', diz Lula sobre estratégia para indústria farmacêutica - Foto: Ricardo Stuckert/PR | 
Fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde produzirá medicamentos essenciais para o SUS e ampliará acesso a tratamentos
Agência Gov | Via Planalto
        O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou,        na tarde desta quarta-feira, 14 de agosto, novos investimentos        para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis). Com a        presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento,        Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; da        ministra da Saúde, Nísia Trindade; e da ministra da Ciência e        Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, além de representantes da        indústria farmacêutica, foram anunciados R$ 42,7 bilhões para o        Plano Mais Produção (P+P), coordenado pelo Banco Nacional de        Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financia a        política industrial.
      Com o anúncio, a soma alcança a cifra de R$ 342,7 bilhões, com        recursos do BNDES, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e        da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial        (Embrapii), além de reforço das linhas de crédito do Banco do        Nordeste (BNB), de R$ 16,7 bilhões, e do Banco da Amazônia (Basa),        de R$ 14,4 bilhões. Os investimentos visam dar mais capilaridade e        diversidade regional ao programa Nova Indústria Brasil (NIB),        lançado em janeiro deste ano. O Plano Mais Produção, lançado junto        à NIB, já contava com R$ 300 bilhões das três entidades. Já o        total aportado pela Finep subiu de R$ 40 bilhões para R$ 51,6        bilhões.
      "O governo cuida da indústria, do povo, do país, da soberania        desse país. Esse país tem tudo para ser grande. Estejam certos que        o SUS vai continuar se aperfeiçoando e a gente vai poder ter        orgulho de dizer que somos brasileiros e não desistimos nunca",        declarou o presidente Lula durante cerimônia no Palácio do        Planalto, em Brasília. 
      O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento,        Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, explicou        sobre o esforço e metas estabelecidas no fortalecimento da        indústria brasileira.
      "Essa é a missão número dois da NIB, a Nova Indústria Brasil. A        missão número um é a agroindústria, a missão número dois é o        Complexo Industrial da Saúde e a missão número três é a        infraestrutura de saneamento, habitação e mobilidade. A missão        número quatro é a transformação digital, a missão número cinco é        transição ecológica e a número seis, é defesa. São metas        importantes. Hoje o segundo déficit da balança comercial        brasileira é a saúde. Nós produzimos, no Brasil, 45% da demanda do        SUS — e a meta é chegarmos em 50% até o final do governo, em 2026,        e 70% até 2033", frisou. 
      Desde janeiro de 2023, o Ceis já conta com financiamento        público de R$ 16,4 bilhões. São R$ 8,9 bilhões do Novo PAC Saúde,        R$ 4 bilhões do BNDES e R$ 3,5 bilhões da Finep. Esses valores        incluem os contratos assinados na reunião desta quarta-feira pelos        representantes do BNDES e Finep.
      BNDES - O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que        o banco público está vivendo a retomada que foi orientada pelo        presidente Lula, desde o início do governo, e justificou a        importância de investimentos na área. "O setor de saúde representa        em torno de 9,7% do PIB. Portanto. É um setor fundamental na        economia e que gera muita inovação tecnológica. Além de ter um        papel decisivo na vida, na sobrevida, na qualidade de vida da        população", declarou. 
      INDÚSTRIAS DO SETOR - Além disso, indústrias do setor da saúde        anunciaram, também nesta quarta-feira, 14 de agosto, investimentos        privados no valor de R$ 39,5 bilhões. Desse total, R$ 33,5 bilhões        (2024-2026) são aportes do Grupo FarmaBrasil, Interfarma e        Sindusfarma. Outros R$ 6 bilhões irão para o Complexo Industrial        de Biotecnologia em Saúde (CIBS/Santa Cruz e Fiocruz), para        ampliar a oferta de vacinas e biofármacos. A produção estimada é        de 120 milhões de frascos por ano, para atender prioritariamente        às demandas da população brasileira por meio do SUS. 
      Ao todo, os recursos somam R$ 57,4 bilhões, o maior volume de        investimentos públicos e privados nas últimas décadas, para a        retomada da política de desenvolvimento para o setor. No âmbito do        Plano Mais Produção, o BNDES pretende adicionar duas novas ações        para a Missão 2, nos eixos de Inovação e Produtividade. Ainda em        2024, o banco espera adicionar mais R$ 1,5 bilhão em novas        operações do Complexo da Saúde, alcançando R$ 5,5 bilhões em dois        anos. 
      A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância da        retomada da agenda de fortalecimento e apoio do Complexo        Econômico-Industrial da Saúde. "Temos a missão também de trazer        todo esse esforço de inovação de produção para um sistema de saúde        mais resiliente, que seja capaz de enfrentar grandes problemas e        grandes emergências, como foi o caso da pandemia de Covid-19, mas        também os problemas que se colocam em uma situação 'de        normalidade'. Além disso, o sistema de saúde precisa ser        sustentável, essa é uma função muito importante", pontuou a        ministra.
      A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos,        afirmou que as escolhas tomadas com relação à NIB, com decisões        orientadas em princípios sustentáveis e tecnológicos, demonstram a        necessidade do país se tornar autônomo e soberano. "Sabemos bem,        sentimos na pele, o que significou a dependência, principalmente        na Covid-19, o quanto a dependência é nefasta", afirmou.
      Entre as ações, está a estruturação de um Fundo de Investimento        em Biotecnologia para impulsionar startups, com ênfase em soluções        baseadas em ciência e tecnologias de alta complexidade, como a        biotecnologia. Estima-se que o fundo tenha valor de R$ 250        milhões, com participação do BNDES, da Finep e de investidores        privados.
      Contratos
      No evento, o BNDES assinou contratos de financiamento, no valor        de R$ 1,4 bilhão, com três empresas: EMS, Aché e Eurofarma. Os        valores são direcionados para pesquisa, desenvolvimento e produção        de remédios contra diabetes, câncer, anti-inflamatórios e        antialérgicos, entre outros fármacos.
      Já a Finep assinou oito operações de subvenção e crédito, no        valor de R$ 577 bilhões, com as empresas Timpel, Nintx Pesquisa e        Desenvolvimento; Bionovis; Herbarium; SEM; União Química        Farmacêutica Nacional; e Scitech Produtos Médicos. Os recursos        serão usados para desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos        de alta complexidade, anticorpos monoclonais, fitocosméticos,        remédios genéricos, stents, catéteres, balões farmacológicos,        equipamentos de diagnóstico por imagem e outros produtos. No        total, são R$ 3,5 bilhões da Finep em dois anos para a saúde. 
      Metas 2026-2033
      O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI)        estabelece as metas para a Missão da Saúde para 2026 e 2033. Hoje,        o Brasil produz em torno de 45% das necessidades nacionais em        medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos,        materiais e outros insumos e tecnologias em saúde. 
      As metas ajustadas para a Missão 2, anunciadas nesta quarta,        preveem elevar essa produção a 50% até 2026, e a 70% até 2033.        Além dessas ações, o Governo Federal vai usar o poder de compra do        SUS para alavancar o Programa de Parcerias para o Desenvolvimento        Produtivo (PDP) e o Programa de Desenvolvimento e Inovação local        (PDI) – que estão em fase de recebimento de propostas.
      O potencial do uso do poder de compra para esses programas,        segundo o Ministério da Saúde, é de R$ 30 bilhões por ano.
      APOIO À INDÚSTRIA — A política industrial brasileira entra em        uma nova etapa, com aumento de recursos públicos, novos parceiros,        mapeamento de cadeias produtivas, definição de desafios de cadeias        produtivas prioritárias e estabelecimento de metas de médio e        longo prazo para cada uma das seis missões da Nova Indústria        Brasil.
      Também foram anunciadas novidades para a Missão 2 da NIB – cujo        objetivo é alavancar os investimentos no Complexo Econômico        Industrial da Saúde para aumentar a produção brasileira nesse        setor e ampliar o acesso da população a remédios, exames e        tratamentos, entre outros serviços. 
      Este é o primeiro de uma série de anúncios a serem feitos de        maneira escalonada, a partir de cada uma das missões da NIB.
    
Tags
ISSO É BRASIL.




.jpg)