Crescimento do “faça você mesmo” abre oportunidade para indústria de construção e decoração

 





Movimento DIY impulsiona vendas de materiais, reforça demanda por personalização e fortalece mercado de soluções acessíveis para reformas e melhorias residenciais


O movimento “faça você mesmo”, também conhecido como DIY (Do It Yourself), vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Impulsionado pela busca por economia, sustentabilidade, valorização da criatividade e pela facilidade de acesso a conteúdos tutoriais online, o hábito de colocar a mão na massa para reformar, decorar ou adaptar ambientes se transformou em um verdadeiro fenômeno. 


De pequenos reparos a projetos mais elaborados de marcenaria, jardinagem, pintura e instalação de telas e alambrados, o consumidor passou a assumir um papel mais ativo em suas próprias obras. 


“Hoje, com um bom vídeo no YouTube ou um passo a passo bem explicado, as pessoas conseguem fazer muita coisa por conta própria. Isso não apenas reduz custos, mas também traz satisfação pessoal”, afirma Hog Scarpellini, CEO da Telas Cupecê, empresa especializada em telas de proteção, alambrados e soluções versáteis para cercamento e decoração.


Segundo Hog, que é um grande entusiasta do “faça você mesmo”, a demanda por produtos práticos, modulares e fáceis de instalar tem crescido em ritmo acelerado. 


“O perfil do nosso cliente mudou. Muitas vezes, ele não é mais um construtor ou instalador profissional, mas alguém que quer resolver sozinho um problema no quintal, proteger um pet ou até criar um espaço de lazer com um toque personalizado”, explica.


A Telas Cupecê, que atende tanto consumidores finais quanto lojistas e empresas de construção, observou um aumento significativo na procura por itens voltados ao consumidor DIY. 


“Estamos falando de pessoas que compram telas galvanizadas para fazer horta suspensa, cercas decorativas para jardim ou até divisórias internas com estrutura metálica leve. A criatividade está dominando o setor”, diz o CEO.


A tendência se fortalece especialmente em períodos de maior sensibilidade econômica, quando a contratação de mão de obra se torna mais seletiva. “As pessoas querem economizar, mas sem abrir mão de qualidade. Então elas procuram soluções confiáveis, com boa durabilidade e que sejam simples de aplicar”, reforça o empresário.


Além disso, o DIY acompanha um movimento de maior conscientização sobre o consumo. 


“Há um lado sustentável nisso tudo. Reutilizar materiais, reformar móveis, reaproveitar estruturas. Tudo isso está ligado ao faça você mesmo e tem um impacto ambiental positivo. Eu, particularmente, sou um entusiasta do assunto e acho que este é o futuro”, conclui.


Para a indústria da construção e decoração, o avanço do DIY não é apenas uma tendência momentânea, mas uma mudança de comportamento que deve influenciar toda a cadeia produtiva nos próximos anos. 


Marcas que conseguirem oferecer produtos funcionais, esteticamente interessantes e com aplicação acessível tendem a se destacar nesse novo cenário.


Crédito foto: Steven Weirather por Pixabay 

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