Proposta inovadora com tokenização, compensação multilateral em moedas locais e contratos inteligentes visa reduzir custos e ampliar acesso
A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) apresentou        ao Fórum Empresarial do BRICS a proposta de criação da Bolsa        Digital de Commodities (BRICS COMEX), iniciativa que visa ampliar        a integração econômica entre os países membros por meio de uma        plataforma digital baseada em blockchain, com tokenização e        compensação multilateral em moedas locais. A proposta, de caráter        transversal, foi elaborada pelo analista de Comércio Exterior da        Fieg, Carlos Stuart, e incluída no relatório final de        recomendações dos Grupos de Trabalho (GTs) de Agronegócio e de        Comércio e Investimentos.
      A proposta da Fieg também foi selecionada como finalista do        BRICS Solutions Awards 2025, premiação que reconhece iniciativas        inovadoras com potencial de impacto para o bloco. O evento fez        parte da programação oficial do Fórum Empresarial e antecedeu a        Cúpula dos Chefes de Estado do BRICS, que reuniu autoridades dos        países membros e de nações convidadas nos dias 6 e 7 de julho.
      A iniciativa foi discutida ao longo do primeiro semestre em        cinco dos nove grupos de trabalho do Fórum Empresarial do BRICS. O        modelo sugerido pela Fieg propõe a criação de um mercado digital        descentralizado para negociação de commodities agrícolas,        minerais, energéticas e ambientais, com liquidação via contratos        inteligentes e compensação em moedas nacionais.
      A proposta busca reduzir custos operacionais e cambiais,        ampliar o acesso de pequenos produtores aos mercados        internacionais e mitigar riscos associados à volatilidade do        dólar. A estrutura inclui a criação de uma Câmara de Compensação        do BRICS, um sistema de clearing integrado aos bancos centrais dos        países membros, e o desenvolvimento de uma unidade de conta        baseada em uma cesta de moedas do bloco, com possibilidade futura        de evolução para uma moeda digital conjunta.
      "A proposição da Fieg representa uma alternativa concreta e        pragmática para fortalecer o comércio entre países do Sul Global        sob regras mais equitativas, com soberania monetária e menos        dependência de infraestruturas financeiras do Norte. São        iniciativas como essa que representam ameaças reais ao Dólar e que        colocam o BRICS, sobretudo o Brasil, na mira da Casa Branca",        explica Carlos Stuart ao avaliar possíveis motivações por trás do        'Tarifaço de Trump', a despeito de argumentos carentes de respaldo        econômico.
    






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