Coronel Felício viraliza ao cobrar presença da PM nas ruas e reacende debate sobre segurança em Águas Lindas

Comandante da PM em Águas Lindas defende o cidadão e exige mais empenho da tropa: “O povo precisa sentir a presença da Polícia Militar nas ruas”.

O áudio do coronel Murilo Rodrigues Felício, comandante do 17º Comando Regional da Polícia Militar de Goiás (CRPM), repercutiu fortemente nas redes sociais e trouxe à tona um tema recorrente entre os moradores do Entorno do Distrito Federal: a falta de policiamento ostensivo.

No registro, Felício demonstra indignação ao constatar, durante uma ronda feita por conta própria, que não havia viaturas circulando pela cidade de Águas Lindas de Goiás nas primeiras horas da manhã. “Estou rodando desde as 4h40 e não vi uma única viatura. Vocês me matam de vergonha”, diz o oficial em tom firme.

As declarações, embora duras, foram interpretadas por boa parte da população como uma atitude de coragem e defesa do interesse público. Em tempos de insegurança e escassez de efetivo, a cobrança do coronel soou como uma resposta à sensação de abandono vivida por muitos cidadãos do Entorno.

“Ele falou o que muita gente pensa. O morador quer ver a polícia presente e atuante. Não dá para aceitar ruas desertas enquanto o crime avança”, comentou um comerciante local, refletindo o sentimento de apoio que se multiplicou nas redes sociais.

A Polícia Militar de Goiás informou que está apurando o contexto da gravação e que o comando acompanha o caso internamente. Apesar disso, o episódio ampliou a visibilidade de Felício, que já era reconhecido entre os praças por sua postura de comando firme e próxima da base.

Especialistas em segurança pública veem o episódio como um reflexo da tensão entre disciplina militar e cobrança social. “Quando um comandante expõe uma situação de inoperância, ele também se expõe. Mas há momentos em que isso se torna necessário para restabelecer a confiança da população”, avalia um analista ouvido pelo Jornal Opção.

Enquanto o áudio segue sendo compartilhado, o coronel Felício passa a simbolizar, para muitos, o tipo de liderança que não se acomoda diante dos problemas. Um oficial que, mesmo dentro da estrutura rígida da corporação, escolheu falar alto em nome de quem mais precisa da presença da polícia: o cidadão comum.

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