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Especialista ressalta a importância do diagnóstico precoce para prevenir complicações graves
O Dia Mundial do Diabetes é celebrado em 14 de novembro, em homenagem ao aniversário de Frederick Banting, um dos descobridores da insulina. Essa mobilização reforça a conscientização, estimulando a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença, além de alertar para suas complicações mais sérias.
Entre elas está a retinopatia diabética, que atinge os vasos sanguíneos da retina e é o principal foco desta campanha. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estudos indicam que 4 em cada 5 pacientes crônicos apresentam risco de algum grau de comprometimento pela doença.
“O diabetes pode causar lesões nos vasos da retina em qualquer fase da doença, e a retinopatia diabética pode evoluir silenciosamente, até causar danos irreversíveis”, explica o oftalmologista Antônio Sardinha, do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC). Ele ressalta que “a cegueira geralmente está associada à fase avançada da retinopatia, quando já há formação de novos vasos anormais, hemorragias e risco de descolamento da retina”.
Os sintomas iniciais incluem visão borrada, distorcida, manchas flutuantes e áreas escuras no campo visual, mas muitas vezes a doença progride sem sinais evidentes. Por isso, o exame de fundo de olho é fundamental para identificar precocemente as alterações. “Pacientes com diabetes tipo 1 devem fazer esse exame anualmente a partir do quinto ano do diagnóstico, enquanto quem tem diabetes tipo 2 deve realizar a avaliação logo após o diagnóstico e seguir com acompanhamentos anuais”, destaca Sardinha.
O tratamento envolve controle rigoroso da glicemia, mudanças no estilo de vida e intervenções específicas para evitar o edema macular e outras complicações que podem levar à perda da visão. “O acompanhamento médico regular é essencial para garantir o melhor cuidado e prevenir a cegueira causada pela retinopatia diabética”, conclui o especialista.
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