Como realizar o planejamento estratégico da sua empresa em 2026

Da importância de uma gestão estruturada até a instabilidade do novo ano, André Sorensen, especialista em negócios, fala sobre os principais pontos que devem ser observados pelo empresário

O ano de 2026 deve reunir uma combinação de fatores que tende a pressionar ainda mais a rotina dos empreendedores: cenário macroeconômico instável, ano eleitoral, custos operacionais elevados e mudanças no comportamento do consumidor. Diante desse contexto, especialistas avaliam que o improviso deixa de ser uma opção. Para atravessar o próximo ciclo com mais solidez, o empresário precisará abandonar decisões reativas e adotar um planejamento estratégico baseado em controle financeiro, indicadores de desempenho e processos bem definidos.

“2026 não será um ano fácil, mas será um ano previsível para quem estiver organizado. Empresas que têm controle de caixa, margem e processos conseguem atravessar qualquer cenário com mais segurança e clareza nas decisões. É necessário que o empresário tenha um excelente planejamento e, mais do que isto, um foco disciplinado e consistente para executar todas as ações com clareza", comenta André Sorensen, empresário e especialista em negócios.

Confira os principais cuidados que André Sorensen destaca para empresários terem em 2026:

Gestão estruturada deixa de ser diferencial e passa a ser obrigação

Para André Sorensen, a ausência de uma gestão estruturada ainda é um dos principais gargalos das empresas brasileiras. Segundo ele, muitos negócios seguem operando no improviso, com decisões tomadas com base em feeling, urgências do dia a dia ou resultados do passado. Outro erro recorrente é associar crescimento apenas ao aumento do faturamento, sem o devido controle de margem, fluxo de caixa e processos internos. Em um cenário econômico mais desafiador e competitivo, esse tipo de gestão tende a acelerar problemas e comprometer a sustentabilidade do negócio.

Planejamento financeiro e controle de indicadores ganham protagonismo

Em um cenário marcado por juros elevados e consumo mais seletivo, o planejamento financeiro deixa de ser apenas uma ferramenta de apoio e passa a ocupar o centro da estratégia empresarial. Para tomar decisões mais assertivas, o empresário precisa ter domínio de indicadores como fluxo de caixa real, margem de contribuição, relação entre faturamento e lucro, ticket médio, custo fixo e ponto de equilíbrio. A leitura correta desses dados permite ajustes rápidos e evita decisões baseadas em percepções subjetivas.

“Não é sobre ter muitos indicadores, mas ter os indicadores certos. Poucos KPIs bem acompanhados dão muito mais clareza do que dezenas de números que ninguém usa. Sem isso, o empresário acaba tomando decisões no escuro”, afirma André Sorensen.

Processos claros aumentam produtividade e reduzem desperdícios

A estruturação de processos internos é apontada como uma das principais alavancas de eficiência para 2026. O primeiro passo é mapear o que já existe e, na sequência, simplificar. Processos bem definidos reduzem retrabalho, aumentam produtividade e dão mais autonomia às equipes, permitindo que o empresário se concentre em decisões estratégicas.

Mudança de postura do empresário será decisiva

De acordo com Sorensen, mais do que ferramentas, 2026 exigirá uma mudança de mentalidade do empreendedor. A centralização excessiva, a falta de metas claras e a tentativa de “dar conta de tudo sozinho” tendem a limitar o crescimento. A busca por método, orientação e estrutura passa a ser um fator-chave para ganhar previsibilidade, resultado e tranquilidade na gestão.

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